quinta-feira, 24 de maio de 2012

Happiness Day - o dia

Cheguei ao fim do dia com os músculos da cara em sofrimento: nunca sorri tanto! 
Abracei mais pessoas que em toda minha vida, via alegria em rostos há muito cinzentos e sinto que realmente fiz a diferença. Ao meu lado uma equipa de iguais, em que de uma maneira ou de outra, deram o máximo para fazer os outros felizes. Crianças saltaram-me para o colo, idosos disseram-me "obrigado" e por onde passávamos todos nos reconheceram. 
Diverti-me desde a manhã em que andei a colar balões pela parque da cidade com o Biscoito e a Joana tentando que a cola pegasse em postes molhados e a rezar para mais nenhum balão rebentar. Fui feliz na ousadia de "trolar" as pessoas no Teatro José Lúcio da Silva em que colámos dezenas de smileys nas lapelas dos fatos de quem passava. O Pivot Brutal na versão Raúl a gritar " Vocês são óptimos!" e o Daniel a responder "Eu sou Optimus"! No fim do dia são momentos de partilha também dentro da equipa e nos fazem sentir que tudo vale a pena.
No final da tarde já esgotados ainda bloqueámos a ponte da feira de Leiria e obrigámos toda a gente a dar-nos abraços: a receptividade foi impressionante. Acompanhados de cartazes feitos de caixotes de cartão e pintados com todo o carinho a pedir abraços as pessoas reconheceram-nos e reconheceram o nosso trabalho. 
Chegámos ao fim do dia com a memória dos miúdos a falarem ao megafone na praça Rodrigues Lobo; com um " Muro das Inspirações" completamente lotado a meio da tarde; com um " Pivot" que nem às 9 da noite se calava; com as mãos tingidas pela tinta dos cartazes ou cheias de bolhas; com as estátuas a pedirem para não retirar os cartazes; com os bares minados dos fofíssimos post-its da Loide; e com a Cidade a adormecer no colo de 1.000 balões já vazios. 
Bem além do limite do cansaço abandonámos as actividades na cidade... a noite a descer de mansinho no final de um dia imenso que encheu o coração de uma Leiria agora alegre. 



Happiness Day - preparação

Poucos dias na minha vida foram tão felizes como o meu primeiro dia da felicidade. De lado ficou o cepticismo e a tristeza e decidi arriscar um mundo novo. 
Na véspera a ansiedade aumentou e o sono não chegou: tanto por fazer, tanto já feito. Na sede do nosso pequeno mundinho dezenas de voluntários passaram horas a preparar sorrisos, a desenhar cartazes, a criar as frases que iriam mudar Leiria no dia seguinte. O maravilhoso bolo da Rita acalentou-nos as esperanças quando a fome tomou conta de todos nós. 
As 5 da manhã chegaram e no meio do cansaço o ânimo era evidente: tudo a postos para tornar o mundo um lugar mais feliz.  1.000 balões foram enchidos e mesmo de bolhas nos dedos  a equipa decidiu não vacilar: a convicção move montanhas! Entretanto os parkour subiam às estátuas da cidade para lhes dar uma nova vida: os cartazes que orgulhosamente exibiram no pescoço todo o dia. O muro das inspirações foi magicamente colocado na Heróis de Angola e o púlpito na Praça Rodrigues Lobo. 
Vestidos de igual, com smileys amarelos por todo o corpo partimos à aventura!
No desconhecido do que seria o nosso dia estavam, afinal, escondidas muitas surpresas!

A descoberta da felicidade

Quando me falavam em positividade e positive psichology sempre me retraí e duvidei. 
A verdade é que eu sempre achei que a felicidade tinha muito pouco de cientifico. 
Depois descobri que a felicidade vem de uma hormona chamada serotonina e que esta seria a responsável pela capacidade de sorrir.
Mais tarde comecei a acreditar que uma postura alegre na vida nos levaria a algum lado e comecei a sentir na pele os efeitos desta novo forma de ver o mundo. 
Para quê duvidar da felicidade quando, no fim do dia, é ela que justifica a nossa existência?